Nao, eles nao conquistaram o mundo(ainda), eles nao dominaram nenhuma empresa(para já) nem tao pouco descobriram a origem do universo (por enquanto) Mas a verdade é que o poder dos meus filhos é imenso, enorme, gigante. Tao pequeninos que eles sao e ja com o poder de juntar familias que se encontravam separadas, fazer coraçoes saltar de alegria e labios que se abrem em sorrisos enormes só de os olhar.
Meu Deus que afortunada sou.Sinto-me completa.Os meus filhos sao um prolongamento da minha pessoa, como mae, como mulher, como esposa e profissional até.
É engraçado como as nossas prioridades mudam ao longo da vida e as palavras que ouvimos dos nossos pais aos 18 anos, aos 30 fazem mais sentido que nunca. Será que a vida anda ao contrario? Ou é normal só ouvirmos os conselhos de quem obviamente sabe mais do que nós cerca de 10 ou 15 anos depois?
Bem mas desde que nao os esqueçamos e ao menos os ouçamos ou relembremos mesmo 10 ou 15 anos depois acho que a liçao foi aprendida. Está na hora de avançar para a nossa vez. De dizermos aos nossos filhos: quando fores tu vais ver como tenho razao.
Nao é uma questao de querermos impor a nossa vontade aos nossos filhos mas sim de os tentar orientar para o melhor caminho. A verdadeira escolha só eles a poderao fazer. Resta-me como mae que os meus filhos , nem que seja daqui a muitos anos, digam afinal ela nao era maluca nao senhor, e se calhar até tinha alguma razao.
Meus filhos como vos amo.
Encontrei algumas pessoas que disseram admirar-me por ter tido a coragem de me divorciar. Mas porque? Fiz alguma coisa fora do vulgar? Nao é suposto querermos ser felizes e fazer o necessario para o conseguir?
Presumo que o que querem dizer é que se levasse uma tareia todos os dias ou fosse mal tratada ou ainda se o meu ex marido fosse um bandido, aí havia uma razao plausivel ou minimamente aceitavel para me divorciar.
Pelos vistos irmos atras da nossa felicidade é corajoso.
Nao o considero um acto de coragem mas antes uma obrigaçao de todos nós. Sei que magoei muitas pessoas pelo caminho, entre elas os meus pais. Mas tudo tem o seu tempo e a vida tem um plano tao perfeito para nós que me espantam os sitios onde queremos chegar e os que a vida nos dá a possibilidade de alcançar.
A vida resume-se a um conjunto de escolhas. Sim porque nós temos sempre escolha.
Hoje posso dizer que sou feliz. Mas sou mesmo. Tenho dois filhos absolutamente fantasticos, um marido que adoro e que sei que me adora, uma familia que nos quer tanto que é dificil conciliar a nossa presença á beira de todos eles. E amigos. Poucos mas bons.
Como diz um dos meus autores favoritos: o universo conspira sempre a nosso favor.
e eu concordo plenamente com ele.
Ontem fui fazer a ultima prova do vestido para o meu casamento. Ja era para o ter em casa ha dias, mas como tenho umas calorias la no guarda fatos que nao param de me encolher a roupa, foi preciso fazer uns ajustes.Nada de mais.
Vesti-o e.....chorei. Chorei de alegria. Por me sentir bem, por me considerar uma mulher bonita. A minha auto -estima esta mesmo cá por cima. Estou orgulhosa de ter chegado onde cheguei. Lutei com toda a força que tinha, enfrentei gigantes e anoes , tornei-me mais forte, mais segura de mim mesma. Sou uma pessoa melhor.
Estou orgulhosa de mim mesma. E isso faz-me querer viver mais , viver melhor, fazer os meus felizes.
Acho que a felicidade é contagiosa.
Fala-me ao ouvido... Deixa-te de coisas e fala-me ao ouvido.
Diz que amas porque é preciso amar, que beijas porque é preciso beijar, que choras porque precisas de chorar, que sorris porque é preciso sorrir.
Puxa para nós as estrelas mais brilhantes, as luas mais intensas, as ondas mais calmas desse mar de desatinos.
Fala-me ao ouvido, das quimeras, dos sonhos, dos momentos do teu dia, dos silêncios da tua noite.
Conta-me como foi, conta-me onde foste.
Fala-me ao ouvido, enquanto o vento escorre pelas dunas, deixando rastos na areia. Encosta-te ao meu ombro e sussurra, as coisas que te apetecer, frases sem sentido, silabas sem significado, mas deixa-te ficar ai, deixa-te estar.
Como doem as saudades quando não tenho a tua voz, quando não tenho o mar, as ondas. Fala-me da luz ou da escuridão, da chuva ou do sol.
Deixa-te de coisas e fala-me ao ouvido.
Não interessa a lingua, o dialecto, o sotaque, nada mais importa, apenas permite que sinta o tom das tuas palavras, assim sei que estás ai.
E se um dia fores embora lembrarei sempre o que me disseste, naquele dia, naquela manhã, naquela noite.
Deixa-te de coisas e fala-me ao ouvido.